BIZARRA LOCOMOTIVA

Biografia

Precursores da música Industrial no nosso país, os Bizarra Locomotiva são hoje a principal referência do género no panorama musical Português. 
 
A sua história remonta a 1993, quando Rui Sidónio (voz) e Armando Teixeira (voz e maquinaria) formam uma banda com vista a participar no Concurso de Musica Moderna da Câmara Municipal de Lisboa, um evento importante, de âmbito nacional, que já havia dado a conhecer grandes talentos. 
 
Esse seria também o caso dos Bizarra Locomotiva que, vencendo o concurso vêm as portas abrirem-se e participam no conceituado festival francês Printemps de Bourges, em 1994. O ano de 1994 revela-se profícuo em lançamentos: Abril o mes escolhido para o álbum de estreia homónimo, sucedido em Novembro de, First Crime, Then Live. O disco estava organizado em duas partes, uma gravada em estúdio e cantada em inglês, e a outra gravada ao vivo em Franca e vocalizada em Português. 
 
Miguel Fonseca (guitarra - Thormenthor, Mofo, Plastica) vem, entretanto, reforçar o line-up, contribuindo decisivamente para o crescimento do colectivo. 
Após participarem na 7ª Bienal de Jovens Criadores da Europa Mediterrânica, os Bizarra Locomotiva empreendem uma bem sucedida tournée nacional. O expoente máximo no que aos espectáculos ao vivo diz respeito, todavia, alcançado em Agosto de 1997, quando actuam no Festival Sudoeste, no âmbito da promoção ao EP Fear Now, a par de bandas como os Marilyn Manson e Blur. 
 
Bestiário, de 1998, constitui o álbum-paradigma do grupo. Assentando no conceito "O Homem Besta e a Besta Homem" - através do qual recriam figuras mitológicas que retrata metaforicamente o Homem, o disco evidencia uma abrangência musical mais ampla, acolhendo novos ambientes e sonoridades. A vertente estética assume, de igual modo, importância acrescida: o conceito lírico e musical transposto para o palco, no qual Rui Sidónio sai do interior de um "casulo", na abertura dos espectáculos, simbolizando o nascimento da Besta. 
 
Em 2002, regressam com Homem Maquina, um novo CD conceptual que, de algum modo, da continuidade ao anterior. A Humanidade uma vez mais objecto de critica feroz, pois, embora tenha criado as máquinas, a elas culpabiliza por todos os males à face da Terra. A fronteira entre Homem e máquina esvanece-se. A máquina humaniza-se, o Homem maquina-se. A par do álbum, um novo conceito estético e de espectáculo elaborado, desta feita envergando a banda fatos que simbolizam o Homem Maquina. Rui Berton junta-se ao colectivo bizarro na bateria.
 
Com o ano de 2004 a chegar ao fim, a Bizarra Locomotiva entra em mais uma estacão, num regresso a sonoridades mais cruas que tinham sido intencionalmente negligenciadas no anterior registo retomando a raça pura do Rock industrial. Nesta nova paragem ferroviária os gritos regressaram quase em omnipresença. 
 
"Ódio" o 1º trabalho gravado pela formação actual, que já tinha estado em palco a promover o anterior "homem máquina" e onde o papel de compositor musical principal e produtor passa para as mãos de Miguel Fonseca e as líricas para o subconsciente de Rui Sidónio num resultado explosivo e feito para ruir os palcos á passagem da Locomotiva, partilhando-os com bandas como os Young Gods.
Com 20 anos de existência este projecto conta com uma carreira invejável no panorama nacional com 9 discos editados e com uma platina aquando a participação no tributo aos Xutos e Pontapés com o tema “Se me amas”. 
 
A actuação da banda no festival Super Bock Super Rock 2006 ao lado dos Korn e dos Soulfly, foi a consagração, deixando toda a gente boquiaberta com o poder da Bizarra Locomotiva confirmando ser o expoente máximo da música industrial em Portugal e marcando com impacto para uma vida sempre quem vê os seus espectáculos. 
 
Liderando a locomotiva está Rui Sidónio - um dos mais carismáticos gritadores portugueses de sempre a que ninguém fica indiferente ao ver as suas prestações contagiantes em palco. 
 
2009 a 2014 foram marcados pelo álbum mais negro de sempre da história do Rock Português.
 
Aclamado pela crítica, álbum do ano em vários escaparates, com prefácio do escritor consagrado internacionalmente José Luís Peixoto, o novo “Álbum Negro” é o mais sombrio, pesado e denso trabalho da já longa carreira da banda contando com um convidado muito especial – Fernando Ribeiro dos Moonspell, passageiro assíduo de longa data desta Bizarra Locomotiva.
 
”Mortuário” é o título do novo álbum da Bizarra Locomotiva para 2015.
Um disco conceptual que começa por entrar para a história da música como sendo a primeira ópera industrial de sempre a nível mundial. Com este principal conceito, “Mortuário” transpõe em particular a essência teatral das produções ao vivo da banda para um álbum de estúdio. Chegando a serem usados samples do próprio público na composição dos novos temas.
 
Na parte lírica, os poemas são inspirados no estado da nação, na depressão global, na manipulação religiosa, e como esta nova ordem mundial nos afecta a todos levando-nos a um estado de espírito massivo de dormência mortuária pré apocalíptica.
 
Masterizado por Thomas Eberger (Rammstein/Amon Amarth...) nos Stockholm Mastering Studios, “Mortuário” contém 14 temas de puro Rock Industrial, em que a banda consegue a tarefa impossível de compor uma obra ainda mais negra, mais densa e mais pesada que o anterior “Álbum Negro”.
 
“Mortuário” inclui uma versão bizarra do clássico de Peter Gabriel - “Intruder” -  referência primordial da música industrial e uma das claras influências da banda.
 
Mais poderosa que nunca a Bizarra Locomotiva continua em viagem; transportando as histórias dos passageiros que viajaram, viajam e viajarão nela.
 
Esta é a Bizarra Locomotiva de hoje, 22 anos de carreira, desde 1993 em movimento, e preparada para viajar muitos mais anos.
 
Até á próxima estação!

Rui Sidónio - Vox 
Miguel Fonseca - Guitarra 
Alpha - Máquinas 
Rui Berton - Bateria 
 
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